.

.

AOR, Hard Rock, Melodic rock

sábado, 29 de junho de 2013

ROCKIN' INTERVIEWS - LANESLIDE


Devido às facilidades para se gravar hoje em dia, centenas de projetos internacionais pipocam por várias partes do mundo trazendo um grande número de músicas sem qualidade e sem vida e que, na maioria das vezes, acabam dando em nada. Não é o caso do LANESLIDE, pelo menos em termos de qualidade. A banda nasceu da parceria dos italianos Bruno Kraler e Alessandro Del Vecchio (HARDLINE) com os americanos Frank Vestry e John Billings (ex-RICK SPRINGFIELD), mais o alemão Dominik Hülshorst (ex-BONFIRE).  Completando este super time internacional, músicos de peso participaram das gravações do debut: o alemão Bobby Altvater, o argentino Lino Gonzales e ninguém menos do que Michael Bormann (ex-JADED HEART) e Erik Martensson (ECLIPSE), da Alemanha e Suécia respectivamente.   O resultado é o álbum “Flying High”, um ótimo CD de melodic rock, no qual percebemos verdadeira dedicação por parte dos músicos, que se confirma com a empolgação das palavras dos mesmos abaixo. Agora divirtam-se com esta entrevista feita por um brasileiro...  (Denis Freitas

ENTREVISTAS

BRUNO KRALER  (Guitarra/Produção)

"Flying High" é de fato um belo álbum de AOR / Melodic Rock. Quanto tempo demorou para finalizar? Você teria mudado algo, agora que está recebendo as críticas de várias partes do mundo?
Oi Denis, obrigado por nos dar a oportunidade de falar um pouco sobre o nosso projeto LANESLIDE. Eu tenho que dizer que tudo foi muito rápido. Nós começamos a escrever as músicas em Março de 2012 e o produto acabado ficou pronto no final de janeiro de 2013, então na verdade precisamos de menos de um ano para escrever, gravar e mixar a coisa toda. Perdemos algum tempo por causa do furacão Sandy. Algumas sessões de gravação foram planejadas durante esse período e tivemos que remarcar tudo. Depois vieram os feriados de Natal e perdemos mais algumas semanas. Em Janeiro nós finalmente encontramos tempo para terminar (risos). Estamos todos muito felizes com o resultado final e a maioria dos comentários são muito, muito bons, então eu acho que fizemos um bom trabalho. Há algumas coisas que vão melhorar no próximo álbum, mas é um pouco cedo demais para descrevê-las com exatidão. Algumas pessoas nos pediram para escrever uma grande balada clássica e nós definitivamente vamos fazê-la no próximo álbum.

Os músicos do LANESLIDE estão em diferentes partes do mundo. Se houver demanda para shows, vocês irão considerar sair em turnê?
Sim, certamente que sim. Vamos considerar cada oferta, mas tem que ser algo que faça sentido como um festival maior ou uma turnê com datas consecutivas.

Qual foi a primeira música a ser escrita? Como ela “nasceu”?
Não me lembro exatamente qual música foi a primeira, mas eu acho que nós fizemos "Your Fight", seguido por "Flying High". Eu escrevi a música e Bobby Altvater fez as linhas de melodia e letra. Não há uma maneira específica como escrevo as canções. Às vezes eu brinco com a guitarra até algo legal acontecer, às vezes o Lino  me dá uma ideia de riff e nós resolvemos juntos e às vezes um de nós traz  uma música completa como Alessandro fez com "Rivers Of Love". Todo mundo na banda pode escrever canções e toda ideia é bem aceita, então resolvemos isso juntos.

Quais são suas principais influências como produtor? Qual é a primeira coisa que faz quando você começa a produzir um disco? Existe uma rotina?
Eu sou um grande fã do Michael Wagener e eu tenho orgulho porque tive a chance de trabalhar com ele no passado. Ele é o melhor produtor em todo o mundo na minha opinião. Ele fez uns discos históricos que eu adorava quando eu era jovem. Minha abordagem pessoal para um registro é muito simples. Eu começo a imaginar que tipo de som se encaixa melhor para a música e, em seguida, eu tento trabalhar nessa direção. Obviamente, nem tudo é fácil de conseguir, mas na maioria dos casos, eu sou capaz de alcançar a meta dentro de um curto espaço de tempo. Não há rotina no meu trabalho, porque eu tento sempre maneiras diferentes para atingir a meta e o fluxo de trabalho depende da música. Por exemplo, quando eu trabalho na mixagem para uma balada eu começar a moldar os vocais primeiro até que eles soem muito bem sozinhos, sem música. Então eu avanço acrescentando todas as outras peças do quebra-cabeça. Quando eu mixo uma música de rock, eu começo com a bateria, em seguida, adiciono baixo e guitarras até que eu consiga uma reprodução com groove que se encaixe nos vocais. Quando tudo estiver no lugar, eu adiciono os teclados para torná-la realmente grande. Eu acho que a rotina leva a um produto fixo e faz o fluxo de trabalho doloroso. Tentar seguir novas direções é muito mais divertido para mim.



ALESSANDRO DEL VECCHIO  (Teclado)

Os teclados em "Flying High" soam grandiosos e estão por toda parte. Podemos ouvir vários sons e efeitos, também camadas de tipos distintos de sons ao mesmo tempo em uma música. Poderia dar exemplos de sonoridades que utilizou?

Muito obrigado. Eu preciso tirar 50% do crédito, porque os outros 50% vão para o Bruno por ser capaz de mixar tantas camadas e partes tão bem, ficando tudo possível de se ouvir. Com o passar dos anos eu estou me tornando menos um típico tecladista de rock e vou mais para diferentes áreas, como pop, com loops e Hammonds. LANESLIDE é a banda perfeita para este tipo de coisa e dá a oportunidade de mostrar um lado diferente do meu jeito de tocar. E eu adoro isso!

A faixa "Self Control" foi originalmente escrita pelos italianos Raffaele Riefoli e Giancarlo Bigazzi (mas que ficou famosa mundialmente através da cantora americana Laura Branigan). O teclado na introdução ficou muito bom, mas não estava na versão original, certo? Além disso, nesta música, por causa do estilo, seria mais lógico que o teclado liderasse, mas ao invés, são as guitarras que conduzem de forma brilhante! Os teclados são bem atmosféricos nela, o que você acha?

Bem, a ideia era ter as guitarras como principais, de fato. Quando o Bruno me enviou o primeiro arranjo, fiz algo mais orientado para o teclado, mas depois mudamos para algo mais atmosférico e como camada. Quanto à introdução, foi Bruno que veio com o riff e a ideia daquele som em particular.

Você formou uma grande parceria com as guitarras de Bruno. Você imaginava que iriam soar tão bem desde o início?

Nós viemos de um longo caminho. Nós construímos nossa relação musical no álbum anterior de Bruno, “War Maniacs”. Se você ouvir a s guitarras e os teclados, estão lá. O bom é que tudo sai muito natural. A gente nunca disse: "Ale, faça isso”, “Bruno, faça isso”. Nós tocamos seguindo o nosso instinto.

Assista ao Album Trailer

JOHN BILLINGS  (Baixo)

Como você foi convidado para tocar em "Flying High"? O que achou do resultado final? Você tem lido os comentários sobre o álbum?

Bruno me contratou no passado para tocar em algumas de suas músicas quando ele estava trabalhando com um produtor fantástico chamado Michael Wagener. Michael e eu éramos amigos e ele me indicou para tocar baixo na gravação de Bruno. Adorei e Bruno pareceu muito feliz com o resultado. Quando ele começou a montar “Flying High”, ele me perguntou se eu estaria interessado em tocar baixo e quando estivesse pronto, poderia me enviar faixas para o meu estúdio. Eu respondi da única maneira que eu poderia, SIM! 
O CD saiu além das expectativas de qualquer um. Em termos de sonoridade, foi gravado e mixado com o maior cuidado. Do ponto de vista de um produtor, Bruno guiou este projeto perfeitamente, dando-nos orientação quando necessário, liberdade quando o momento pedia. Eu achei libertador! Fico tão nervoso muitas vezes para dar às pessoas faixas de baixo agressivo, mas Bruno queria. Isso não é divertido? Tudo que você tem a fazer é ouvir e você vai perceber a alegria e profissionalismo no resultado. Estou extremamente orgulhoso! Os comentários tem sido os mais positivos de qualquer coisa em que eu já estive envolvido.  Eu espero que gere interesse suficiente para nos levar para a Europa e América do Sul em turnê. Esta banda precisa tocar esta música ao vivo!

Por você trabalhar com diferentes tipos de música, é difícil para você "pensar" como um músico de rock ao gravar ou é algo natural para você?

Eu tenho trabalhado no mundo do rock há anos, estive em muitos projetos de CD nos últimos 25 anos. Este foi como piloto automático para mim em muitos aspectos, apenas fechei os olhos e toquei. Mas eu coloquei uma perspectiva maior para este CD, quis que o baixo existisse sem tomar conta da música, da faixa. Bruno me deu a liberdade para fazer exatamente isso. Eu já trabalhei com Michael Wagener em muitos dos cds que ele produziu, bem como para alguns artistas de rock que gravam em Nashville. Nem tudo está catalogado, mas allmusic.com mantém o controle de créditos e tem algumas das minhas gravações e contribuições listadas.

FRANK VESTRY  (Vocal)

Parece que você sentiu-se bem confortável com a música, pois coloca emoção e criatividade em sua performance, concorda?

Obrigado. Sim, eu amo rock melódico e eu acho que essa música realmente se encaixa em minha voz muito bem. Como eu  co-escrevi muitas das músicas,  eu consegui transmitir as minhas ideias e as melodias do jeito que eu queria. Eu também me sinto muito confortável com as pessoas na banda e isso sempre ajuda. Se você tiver boas vibrações e sentimentos sobre tudo, tende a sobressair-se em tudo o que você está fazendo.

Como se envolveu com o projeto?

Meu envolvimento começou com um e-mail do Alessandro. Tivemos muita troca de e-mails e então eu comecei a me comunicar com o Bruno também. Depois de conhecer os caras, comecei a sentir que era a direção certa para mim. Eu não estava tão familiarizado com seus trabalhos anteriores, mas eu tinha ouvido falar deles nos círculos de rock melódico.

Você gostou das músicas imediatamente?

Acho que eu gostava das músicas cada vez mais à medida que avançávamos. Nós trabalhamos em harmonia para criar uma música que se encaixa no meu estilo vocal, mas não foi assim como se eu tivesse ouvido a primeira música e dissesse "sim, é isso." Eu realmente gostei, mas as coisas evoluíram e ficou ainda melhor à medida que avançava como uma unidade.


DOMINIK HÜLSHORST  (Bateria)

Você recebeu alguma orientação ou batidas pré-gravadas para tocar em "Flying High"? Quanto tempo demorou para gravar as faixas?

Foi diferente de música para música. Na maior parte eu ouço o guia de bateria brevemente, se disponível, para fazer as coisas de maneira diferente mais tarde. Eu preferiria não ver a cara do Bruno quando ele ouvisse uma das minhas gravações pela primeira vez (risos). Uma vez que eu faço as gravações de bateria no meu pequeno estúdio na Alemanha, posso, claro, deixar o tempo todo para mim. e tentar até que eu fique satisfeito com o resultado.

Como você se prepara para gravar? Existe uma rotina?

Rotina sim, mas em um sentido positivo. Eu cresci com essa música, então eu geralmente sei imediatamente o que eu tenho que fazer na bateria quando eu recebo uma faixa. Na verdade, eu estou sempre preparado porque eu lido com meu instrumento no dia a dia.

Que álbuns você gravou no mesmo estilo deste? Quais são seus bateristas favoritos do gênero?

Eu fui membro do BONFIRE por muitos anos e eu acho que os álbuns do BONFIRE seguem uma linha similar. Todos os meus bateristas favoritos são de outros gêneros:  Dave Weckl, Simon Phillips, Manu Katche ', Omar Hakim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário