.

.

AOR, Hard Rock, Melodic rock

sábado, 5 de abril de 2014

ROCKIN' INTERVIEWS - Nic Maeder (GOTTHARD)


Olha que legal o que o BRAZIL ROCK MELODY traz para vocês hoje. Ontem foi o dia do lançamento do novo CD do GOTTHARD, “Bang!”, e hoje trago aqui uma entrevista exclusiva com o vocalista da banda suíça, Nic Maeder. Neste exato momento estou ouvindo o novo trabalho, mas ainda é cedo para comentários. O GOTTHARD é há pelo menos uns dez anos uma das minhas top 5 bandas preferidas. A banda já era bem conhecida na Europa nos anos 90 lançando belos trabalhos, mas em 2003 os suíços lançaram o excelente “Human Zoo”, que foi para mim o melhor álbum de hard rock daquele ano. Naquela época, pouca gente conhecia o GOTTHARD por aqui. Dois anos depois, seu saudoso e talentosíssimo vocalista Steve Lee estava em grande fase e nos brindou com uma performance memorável no fantástico álbum “Lipservice” e no empolgante DVD/CD ao vivo “Made In Switzerland”, lançado em 2006. A banda então começava a ganhar novos fãs pelo mundo. Tive a oportunidade de ver os suíços em São Paulo na turnê de “Lipservice” em 2006 e inclusive conversei com Steve e o guitarrista Leo Leoni, ambos foram muito simpáticos. Desde o falecimento de Steve em 2010, não consegui ouvir a banda da mesma maneira e confesso uma certa resistência em ver e ouvir Nic Maeder ocupando o posto de vocalista da banda. Seja uma forma de luto, saudosismo ou simples preferência, foi apenas agora em 2014 com o lançamento do single “Feel What I Feel” é que consegui apreciar sua qualidade como cantor. Há cerca de duas semanas entrei em contato com Nic para saber mais sobre o novo álbum “Bang!” e seu início com a banda. Nic pareceu tímido ou talvez estivesse apenas cansado, mas demonstrou simpatia. Espero que gostem! (Denis Freitas)

ENTREVISTA - Nic Maeder (GOTTHARD)

Oi Nic, de onde fala? Como vão as coisas?

Oi Denis, estou em minha casa em Lugano. Estivemos ensaiando bastante para os próximos shows. São oito da noite e agora estou descansando.


Eu estou falando de uma cidade próxima a São Paulo...

Eu tenho grandes lembranças de quando tocamos aí, aqueles shows que fizemos aí na América do Sul foram meus primeiros shows com a banda. Quero muito voltar, estamos trabalhando para isso.

Foi uma grande responsabilidade começar pela América do Sul...

Sim (risos), na verdade eu fiquei surpreso, pois os fãs conheciam as músicas novas, foi muito especial.

Quando ouvi a nova música “Feel What I Feel”, gostei bastante.  Parece o som clássico do GOTTHARD, o que você vê de diferente do álbum anterior “Firebirth”?

Algumas coisas, definitivamente nós experimentamos mais agora, nos permitimos ultrapassar as fronteiras um pouco mais. E nos vocais nós trabalhamos esse álbum especificamente para minha voz. Em “Firebirth” nós tivemos que fazer tudo muito rápido e não nos conheciamos musicalmente muito bem. Agora que já gravamos e fizemos turnê juntos, nos conhecemos bem melhor. Usamos mais meus tons graves... O GOTTHARD sempre variou sua sonoridade e agora nós fizemos ainda mais, provavelmente fizemos algumas coisas que a banda não faria normalmente. 


Vocês têm a faixa “Thank You” de 11 minutos no álbum, algo bem diferente. Quais são os destaques para você?

Sim, foi algo que a banda nunca havia feito. Tem outra faixa como “Spread Your Wings” que é mais experimental. Acho que é difícil dizer porque não há uma música que represente o álbum, elas são bem diferentes.

Gostei muito do vídeo de “Feel What I Feel”. Como foi a gravação?

Obrigado. É sempre divertido fazer essas gravações, mas é um longo dia. Você faz tudo em um dia, fica até tarde e tem que parecer que não está cansado (risos), mas foi bom. Todas as pessoas que estão no vídeo são fãs, assim como fizemos em “Starlight”.  Nos divertimos e acho que ficou ótimo.


Onde foi gravado?

Foi em um prédio antigo em Saint Gallen na Suíça.

Você foi o cara mais sortudo no vídeo, ficou com a moça bonita do bar...

(risos) Na verdade, ela é Miss Suíça. É uma história engraçada porque quando ela se tornou Miss Suíça, o Leo era um dos jurados e foi como a conhecemos. Eles sempre brincavam sobre fazer algo juntos um dia e então ela veio, foi legal (risos).

Você deve estar cansado de responder isso, mas vi em algum lugar que seu processo de audição para entrar na banda foi muito cansativo, com muitas viagens. O que tanto você teve que fazer?

Eu estava morando na Austrália, nasci na Suíça, e na época e um amigo nosso em comum me falou que estavam fazendo audições para vocalista. Eu participei do processo do mesmo modo que todos fizeram. Enviei três músicas com meus vocais. Foram “Top of The World”, “Anytime Anywhere” e “Need to Believe”. Depois fui para a Suíça tocar ao vivo com eles, fiquei alguns dias ensaiando e outro no estúdio. E voltei novamente para então gravar músicas novas com eles, fiquei duas semanas e fizemos quatro músicas que entraram em “Firebirth”. Voltei novamente para a Austrália, arrumei as coisas e de volta para a Suíça novamente. Foram no total 8 semanas.

GOTTHARD 2014

Você conhecia a banda? As músicas deles?

Eu conhecia a banda e suas músicas. Vivi metade de minha vida na Suíça. Em 94 eu toquei com minha banda em um festival no qual o GOTTHARD era a banda principal. Naquele tempo a banda já era bem grande. Eles estavam na turnê do “Dial Hard”.

Você alguma vez considerou desistir? Pois substituir Steve Lee não é algo fácil...

Teve alguns momentos difíceis, tivemos que lutar bastante. Eu acho que tivemos bastante sorte pelos fãs terem apoiado tanto. Tenho muita sorte e me ajudaram bastante no primeiro ano que foi muito difícil, muita pressão. O apoio dos fãs foi muito importante, eu não conseguiria sem eles. Quando olho para trás, penso: “Como é que eu consegui?” (risos) Mas trabalhamos tão duro, estávamos tão ocupados que não tinha muito tempo para pensar nisso.

Quais são suas influências como cantor?

Bem, eu cresci ouvindo AC/DC, tinha 11 anos de idade e ouvia no rádio e ficou comigo até hoje, ainda sou um grande fã. Bon Scott e Brian Johnson são grandes influências. Eu ficava cantando AC/DC desde jovem. Comecei a tocar guitarra aos 13, ouvindo AC/DC, ouvindo os discos, nos velhos tempos de discos e tentava fazer os riffs e aos 16, na Suíça, não conseguíamos encontrar um cantor que falasse Inglês, então eu comecei a cantar porque eu falava Inglês (risos) e não parei mais.  

Vendo daqui me parece que o GOTTHARD é uma banda bem grande na Suíça. Mas como é exatamente? Pode descrever?

Sim, o GOTTHARD é a maior banda no país há muito tempo, todos os últimos álbuns foram número 1. Somos mainstream aqui, sempre estamos na mídia e querem saber com que eu dormi (risos). Sai um pouco do controle às vezes, mas, sim, somos grandes aqui.

Vocês pretendem tocar na América do Sul este ano?

Sim, temos planos, estamos esperando por datas. Estamos trabalhando nisso. Tenho um bom pressentimento que irá acontecer. Acredite em mim, principalmente porque foram os primeiros shows que fiz com a banda, quero muito voltar, precisamos voltar.

Boa sorte com o novo álbum e obrigado Nic!

Muito obrigado. Tudo de bom e até mais!

Nenhum comentário:

Postar um comentário