Hoje
trago o review do Melodic Rock Fest 3 que aconteceu em Arlington Heights –
Chicago, nos Estados Unidos. O evento organizado pelo australiano Andrew McNeice
(melodicrock.com) aconteceu nos dias 27, 28 e 29 de Setembro. O brasileiro Pablo
Pereira foi o contemplado do sorteio realizado no site e ganhou a viagem com
ingressos para o evento que vem crescendo ano após ano. Pablo foi gentil em
fazer esta resenha e contar detalhes muito interessantes do festival. Espero
que gostem e aqui fica o meu grande obrigado ao Pablo por esta belíssima
contribuição! (Denis Freitas)
Pablo
nasceu em uma pequena cidade no interior de São Paulo chamada Guariba, onde
imperava o Sertanejo, o Pagode e o Axé. Sua mãe gostava de BEATLES, ABBA e algumas bandas disco da década de 70, então pelo
menos em sua casa o ambiente musical era melhor. Desde os 11 anos de idade
acompanhava o programa “Som POP” na Tv Cultura apresentado pelo Kid
Vinil. Foi aí que teve seu primeiro contato com bandas como KISS, QUEEN e também de Punk Rock,
sendo RAMONES e SEX PISTOLS. Mas
conforme crescia, a paixão pelas bandas clássicas dos anos 70 começava a
crescer também. Então DEEP PURPLE,
LED ZEPPELIN, WHITESNAKE, IRON MAIDEN, RAINBOW, DIO e ainda GUNS’N’ROSES e SKID ROW faziam parte de sua vida. Começou a cantar aos 15
anos de idade motivado por seus ídolos, mas quando ouviu BADLANDS pela primeira vez, pensou: "É isso!". Mudou-se
para São Paulo para estudar música e neste período a paixão pelo AOR e
Melodic Rock aflorou, JOURNEY e
TOTO passaram a ser suas bandas do coração e não parou mais. Passou
por diversas bandas covers de Classic Rock, Hard Rock e Heavy Metal, chegou a
compor nesta linha, mas não era o que queria fazer, culpa do TOTO!
27,
28 e 29 de Setembro de 2013
H.O.M.E. BAR
Arlington Heights, Chicago – USA
Por Pablo Pereira
O prêmio da viagem ao Melodic Rock Fest
Na
verdade eu não esperava ganhar nada, mas fiquei com a ideia de colaborar
apenas para ajudar o Andrew
(Andrew McNeice dono do site melodicrock.com e
organizador do festival) com uma pequena contribuição, pois ele é um batalhador
pela cena AOR/Melodic Rock. Como sou músico e faço parte desta cena, nada
melhor que dar uma força. Sendo assim, acabei participando no último dia
onde havia duas quotas de colaboração, uma de U$ 25.00 que te dava direito
a 1 ticket para o sorteio ou U$ 50.00 que dava direito a 2 tickets. Eu optei
pela quota de U$ 50.00 e desencanei, até que recebi um email do
Andrew no dia do meu aniversário dizendo que eu fui um dos vencedores do
sorteio!
A recepção nos Estados Unidos
A
recepção foi ótima, todos foram muito acolhedores, fiz muitos amigos e,
sim, cumpriram com tudo, todas as despesas de transporte (aéreo e
terrestre) e acesso a todas as áreas restritas onde conheci pessoalmente muito
dos artistas que se apresentaram no festival.
A infraestrutura e organização do
evento
A
infraestrutura do local é bacana e a área de shows, que fica separada da parte
social do clube, se assemelha a um pub. Neste primeiro espaço
apenas via-se o "entra e sai" do pessoal que ia para a área dos
shows que ficava separada e isolada acusticamente. E o legal é que quando meus
ouvidos precisavam de um descanso ou quando batia aquela fome, dava para sentar
em uma mesa e pedir algo do cardápio, renovar as energias e voltar para os
shows!
Os
horários foram cumpridos e foi uma grande maratona. Infelizmente a qualidade de
som não foi das melhores. Devido ao orçamento, nenhuma banda levou o seu
técnico de som e outras tiveram problemas no palco. A impressão que me deu é
que o técnico de som da casa não estava acostumado com bandas de Rock, muitas
vezes o som ficou embolado e muito alto. E aos poucos e com as “dicas” dos
próprios artistas o som ia melhorando e no final não comprometeu a
maioria dos shows.
Repercussão
do evento nos Estados Unidos
Infelizmente
o evento quase não teve nenhuma repercussão, este nosso amado estilo é bem
underground nos EUA, lá o que não está na mídia não existe, então quem ficou
sabendo do festival foi o próprio pessoal da cena local, fora a divulgação
massiva pelo site MelodicRock.com que fez com que muitas pessoas de diversas
partes dos EUA se deslocassem para o festival. O mais interessante foi notar
que nisso, muito se assemelha ao Brasil, encontrei muitas pessoas que relataram
que seus próprios amigos não conhecem as bandas que eles mesmos gostam. E por
isso dava para ver o brilho nos olhos de todos por lá onde estávamos cercados
de pessoas afins e que entendem esta nossa paixão por AOR/Melodic Rock.
Não
tão desconhecida, mas com certeza o HEAVEN AND EARTH surpreendeu, Joe Retta
canta muito ao vivo, assisti ao show com alguns dos artistas que se
apresentaram no festival e nós ficamos com o queixo caído durante o show
e brincando que íamos nos aposentar após este show (risos). Infelizmente acabei
perdendo o show dos brothers do FERREIRA, todos brasileiros, mas pelo que todos
comentaram fizeram um belo show.
Os
melhores shows
Sem dúvida nenhuma HOUSE OF LORDS, HAREM SCAREM, ADRIANGALE,
NO LOVE LOST, ECLIPSE e ERIC MARTIN foram excelentes shows e vale ressaltar
que o Eric Martin fez o show
gripado. Ele ficava espirrando a todo o momento, mas deu um show de
profissionalismo e detonou!
Vic Rivera (ADRIANGALE) |
Infelizmente fiquei um pouco decepcionado com o show do Steve Augeri. Ele é um ótimo cantor e uma pessoa muito bacana, mas optou por fazer um repertório basicamente do JOURNEY e com músicas que não foram de sua passagem pela banda. Uma pena principalmente para ele que tem ótimas músicas em sua carreira e com outras bandas.
E para concluir, infelizmente este é um festival pequeno e não tem a grandiosidade de um FIREFEST, a organização foi boa, mas muitas coisas devem melhorar nos próximos anos e muita coisa rolou pela força de voluntários. Este nosso amado estilo é underground atualmente e por isso a sensação de "irmandade" imperou no festival. Fiz muitos amigos (músicos e não músicos) e posso dizer que todos tivemos grandes momentos. Quanto aos artistas e pelo que conversei com muitos, ninguém está ganhando dinheiro com este estilo. São muitos os problemas: selos e gravadoras explorando bandas menores para manter o nome e bandas grandes em seu cast, falta de divulgação e espaço para se apresentar e por aí vai. Mas o prazer de fazer a música que amam e tocar para um público apaixonado deixou a linha que separava artistas e público muito tênue e isto foi muito marcante. Posso garantir que os artistas mais acessíveis e carinhosos com seu público, não por coincidência, são os mais talentosos. Acredito que estar próximo das pessoas é a melhor maneira de conseguir traduzir na música aquilo que sentimos e tocar a alma e o coração daqueles que nos ouvem.
Algumas fotos de Pablo com os artistas:
Com Ted Poley (DANGER DANGER)
Com Eric Martin (MR. BIG)
Com Robert Säll (WORK OF ART / W.E.T)
Com James Christian
(HOUSE OF LORDS)
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