Fico muito contente quando novas bandas de qualidade surgem para manter e aumentar o interesse do público pelo estilo. Já lançado no Japão (sempre lá...) e a ser lançado na Europa no mês que vem o novo álbum da banda sueca DEGREED, “We Don’t Belong” (review aqui), realmente empolga! Novamente produzida por Erik Lidbom, a banda fez outro belíssimo trabalho, mesclando melodic hard rock com elementos mais atuais, dando um passo à frente se compararmos com seu fantástico debut, “Life, Love, Loss”, de 2010. O vocalista Robin Ericsson, que inclusive já chegou às finais do programa "Idols" da Suécia ("Ídolos" aqui), me atendeu bastante animado para contar mais detalhes sobre as origens da banda e o novo trabalho. Esta semana foi anunciada a saída de um dos guitarristas do grupo, Jesper Adelfelt, que alegou não ter tempo suficiente para se dedicar à banda e agora os suecos serão um quarteto. Está bem interessante o papo e recomendo o som da banda, pois é excelente e atual. Enjoy! (Denis Freitas)
ENTREVISTA
Oi Robin! Bom falar com você! É uma boa oportunidade para os fãs de rock do
Brasil conhecerem a banda. Você poderia nos contar um pouco sobre os membros da
banda? Vocês todos parecem ser bastante jovens, qual é a média de idade?
Pergunto isso porque é muito bom quando novas bandas de qualidade surgem e,
mesmo jovens, vocês soam como se fossem músicos experientes ...
Oi ! Estou honrado em fazer esta entrevista. Temos entre 23 e 26 anos de
idade. Eu e o baterista, Mats, na verdade somos irmãos. E Micke, o tecladista, é
nosso primo, então é meio que uma banda "família"! Daniel, o
guitarrista, já estudamos juntos. Eu o conheço há 10 anos. Temos a
banda há oito anos. Eu e Mats tocamos juntos desde sempre. Talvez isso explique
nossas habilidades como músicos.
Quando
vocês formaram a banda, houve alguma conversa a respeito de como vocês
gostariam de soar? Havia um projeto com planos profissionais para a banda logo
no início?
Quando formamos a banda, nós na verdade não tínhamos teclados. Então antes o
som era um hard rock mais direto. Depois de um ano ou dois, Micke se juntou à
banda e começamos a soar mais como somos hoje. Mas, quando começamos a banda,
nem sabíamos o que era "AOR". Nós só queríamos tocar algum tipo de
rock, eu acho. De qualquer forma, o "som DEGREED" realmente ganhou
vida quando começamos a trabalhar com Erik Lidbom, o produtor do nosso primeiro
álbum "Life, Love, Loss" e também do novo álbum "We Don’t
Belong".
DEGREED na época de "Life, Love, Loss" (2010) |
Eu gosto
muito do primeiro álbum, "Life, Love, Loss", que teve ótimas críticas
ao redor do mundo. Como você se sente sobre este álbum após três anos de seu
lançamento? Ficou insatisfeito com alguma coisa nele?
Bem, muito obrigado! O fato de que teve ótimos comentários foi muito importante
para nós. Nos mostrou que fizemos algo certo, que as pessoas realmente gostavam
do que estávamos fazendo. Eu não diria que fiquei insatisfeito com alguma
coisa. Quero dizer, já era DEGREED naquela altura. Nós gravamos em um período
de três anos, começando com uma demo. As músicas “Arms of Misery”, “Catch the
Feeling” e “My Fall” foram na verdade gravadas em 2007, três anos antes
do lançamento. Então eu quero dizer que nós éramos jovens, mas isso era o que
conseguimos fazer naquele momento. Tenho orgulho do álbum. Foi o primeiro álbum
que lancei na minha vida! Com a minha própria banda! Minhas próprias músicas!
Isso significa muito.
Vocês
conseguiram fazer turnê para o álbum de estreia?
Nós fizemos vários shows na Suécia, mas só uma turnê no exterior. Foi com o VEGA,
no Reino Unido em novembro passado.
Life, Love, Loss (2010) |
Agora vocês estão com um novo álbum "We Don’t Belong” e também estão em
uma nova gravadora. Por que vocês mudaram?
Ficamos muito satisfeitos com o que o Andrew e a MelodicRockRecords fez por nós e ele ainda nos ajuda. Mas sentimos que tínhamos que seguir em frente e de alguma forma expandir.
Ficamos muito satisfeitos com o que o Andrew e a MelodicRockRecords fez por nós e ele ainda nos ajuda. Mas sentimos que tínhamos que seguir em frente e de alguma forma expandir.
O novo
álbum soa muito mais diversificado. Como aconteceu essa mudança?
Na verdade, eu não sei exatamente. Eu acho que é onde estamos neste momento. Mas vamos sempre tentar manter os “elementos DEGREED” porque não queremos desapontar nossos fãs. É sempre saudável tentar novos caminhos na música.
Na verdade, eu não sei exatamente. Eu acho que é onde estamos neste momento. Mas vamos sempre tentar manter os “elementos DEGREED” porque não queremos desapontar nossos fãs. É sempre saudável tentar novos caminhos na música.
A
principal diferença que pude perceber em relação ao primeiro álbum é a
variedade de estilos, pois em "We Don’t Belong" há faixas de melodic
hard rock, como em "What if", um pouco de AOR em "In For a
Ride", mas também músicas mais pesadas e agressivas, como a faixa de
abertura "Black Cat", além de vários detalhes que mostram um som mais
atualizado, como back vocals gritados, por exemplo. Isso é ótimo, uma boa mistura
do clássico e do novo. Como você vê isso?
Eu acho
que uma coisa importante sobre as variações do som é que cada membro tem
diferentes origens, quando se trata de quais bandas ouvimos e tal. Eu na
verdade adoro punk rock. Mats gosta de coisas muito pesadas com vocais urrados
. Mike é só Yngwie. Eu acho que isso pode explicar um pouco.
We Don't Belong (2013) |
Além
disso, você está soando mais agressivo em muitas faixas. As músicas
"pediram" este seu lado?
Se você
quer dizer EU como cantor, bem, talvez. Eu e Erik decidimos usar minha voz
agressiva o máximo possível, porque é algo especial. Sou eu. Eu tenho usado
esse lado da minha voz desde que eu comecei a cantar. Também traz ainda outro
elemento importante para o som! Nem todos os cantores podem controlar esse tipo
de voz.
Eu sempre
digo que a Suécia é hoje o maior país em termos de bandas de hard rock com um forte
lado melódico, mas também com um toque moderno. Bandas como TALISMAN, BAD HABIT
e, mais recentemente, ECLIPSE, W.E.T. e muitas outras. Essas bandas são
influências para vocês?
Eu não
diria que essas bandas são influências. A única banda que eu já escutei um
pouco é o TALISMAN, mas está longe de ser uma influência para mim. Mas eu gosto
dessas bandas.
Tenho que
dar os parabéns por sua performance vocal. Você parece gostar de cantar usando
uma ampla variedade de estilos e o faz bem. Quais são os cantores que você
admira?
Ah, eu
adoro esta parte da entrevista! (risos) Bem, eu sempre digo Jorn Lande de
primeira quando me fazem essa pergunta. Ele é o vocalista perfeito se você me
perguntar. Ele tem tudo. O lado sexy da voz de David Coverdale e a
agressividade de Dio. Mas eu adoro uma porção de cantores. É difícil mencionar
todos eles. Eu fico com o Jorn desta vez!
Vídeo oficial de "What If" do novo álbum "We Don't Belong"
Se você
pudesse escolher três bandas ou artistas para sair em turnê, quais seriam?
Isso é
uma pergunta complicada porque as bandas que eu gosto podem não ser bandas para
se fazer uma tour com o DEGREED. Mas se você me perguntar com quais
bandas eu gostaria de viajar, eu diria KISS, IRON MAIDEN e FOO FIGHTERS!
Gostaria
de deixar uma mensagem para o Brasil?
Obrigado
por ouvir a mesma música que eu adoro! Estamos juntos! E se você
gostar da minha banda DEGREED, serei sempre grato! Obrigado!
DEGREED NO FACEBOOK
Parabéns por mais uma boa entrevista. Molecada manda muito bem!
ResponderExcluirOlá, criei um fórum no Forumeiros e gostaria muito que viesse ver como está : http://rocknforum.ativoforum.com
ResponderExcluirA banda é até boa, mas não faz meu gênero!
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