REMOVE SILENCE - Stupid Human Atrocity (Prog Rock é pouco para descrever tamanha complexidade e originalidade! Com Edu Cominato (Jeff Scott Soto), Hugo Mariutti e Fábio Ribeiro (ex Shaman)
AURAS - New Generation (Grande revelação do AOR/Melodic Rock brasileiro. Um dos melhores do estilo em anos!)
A seção “OPEN YOUR EARS” leva aos
leitores da página BRAZIL ROCK MELODY música de estilos diversificados, subestilos
do rock, música instrumental, de bandas independentes ou mainstream.
Entrevista
Olá! É um prazer
tê-los na página. Poderiam, por favor, dizer brevemente como e quando a banda se
formou?
[Hayram] – Foi em agosto do ano passado. Eu estava querendo gravar
duas músicas que eu tinha feito meses antes, mas não tinha encontrado as
pessoas certas para entrar no processo de finalização das faixas. Então
convidei alguns amigos pra me ajudar no processo. Gravamos não duas, mas quatro
faixas. A química foi tão boa que conseguimos compor mais duas faixas e
resolvemos formar a banda.
Que tipo de música
vocês pretendiam fazer no início? O conceito mudou?
A gente buscava fazer
algo soasse bem para nós mesmos, mesmo sem saber exatamente o que sairia. As
quatro primeiras faixas que acabamos foram as lançadas no nosso EP de estreia.
Atualmente, temos oito músicas. Seguimos neste mesmo rumo, mesmo que as músicas
tenham mudado um pouco, dá pra notar que já há uma identidade da banda.
Quais são as
influências mais perceptíveis no som da banda?
[Hayram] - Isso é difícil
citar, já que temos influências bem diferentes. O Maurício, por exemplo, gosta
de bandas mais pesadas. O Mittmann curte muito rock dos anos 60/70. O Robson
gosta bastante de rock nacional. Eu curto bastante rock pós 2000. Acho que essa
mescla faz muito bem pra banda.
Qual você considera o
momento mais importante da história da banda até agora?
[Robson] -O nosso show mais recente foi um
momento bem bacana. Tocamos para um público onde nenhuma pessoa conhecia nossa
banda e a recepção foi muito positiva. E na semana passado a banda foi citada
no site “Tenho Mais Discos Que Amigos”. Foi ótimo pra banda ganhar mais
visibilidade. Valorizamos bastante isso.
As apresentações ao
vivo são muito importantes hoje por causa do declínio das vendas de cds. Como a
banda encara os shows? Vocês procuram se diferenciar de alguma forma?
[Maurício]
- Encaramos os shows como a oportunidade de mostrar quem realmente somos. Como
as gravações estão cada vez mais bem feitas, o show é onde rola o grande
diferencial de cada banda. Buscamos mostrar que estamos trabalhando sério e
tentamos trazer para o público algo intenso, tocando com vontade e sinceridade.
Ainda sobre as
apresentações ao vivo... Em que lugares vocês tem se apresentado? Algum show
que gostariam de destacar?
[Bruno] – Tivemos poucos shows por enquanto. Mas
quando tocamos em Caçapava do Sul recentemente, num evento em que abrimos para a banda The Jalmas, o pessoal estava muito animado, foi incrível.
Podem, por favor,
falar sobre o momento atual da banda e o que têm planejado para 2016?
[Bruno]
– Agora estamos trabalhando em novas composições, que por sinal são muitas.
Apesar de não podermos ensaiar com a freqüência que queríamos, estamos
aproveitando bem o nosso tempo e o recurso da internet. Trocamos muitas idéias
e gravações pelas redes sociais e e-mail, o que ajuda a otimizar o tempo
de ensaio no estúdio, porque daí é só
chegar e tocar o que planejamos. E para 2016 planejamos manter esse ritmo de
produção e continuar procurando lugares para fazer shows.
Muito obrigado e
deixem sua mensagem!
Aproveitamos para agradecer o reconhecimento do nosso trabalho,
desde o pessoal que nos acompanha até as páginas que valorizam a música
brasileira.
Fala galera! Hoje trago uma rápida conversa com Casey McPherson, vocalista desta fantástica banda americana chamada FLYING COLORS. E não é fantástica porque tem em sua formação grandes nomes como Mike Portnoy (bateria, ex-DREAM THEATER, THE WINERY DOGS), Steve Morse (guitarra, DEEP PURPLE), Neal Morse (teclado, SPOCK'S BEARD) e Dave LaRue (baixo, STEVE MORSE BAND, JOE SATRIANI), mas é fantástica por méritos. A banda já lançou dois belíssimos álbuns de estúdio, "Flying Colors" de 2012 e "Second Nature" de 2014, além do ao vivo "Live in Europe" de 2013. No final de 2015 a banda lançou mais um registro ao vivo de nome "Second Flight: Live at the Z7', gravado na Suíça. Vocês irão notar que Casey foi bem direto em suas respostas, mas falou com bastante entusiasmo do Brasil. Como o papo foi curto, coloquei aqui em forma mais narrativa para que fique mais interessante para todos. Espero que gostem! (Denis Freitas)
ENTREVISTA - Casey McPherson (FLYING COLORS)
Começo dizendo para Casey que acho o FLYING COLORS uma das bandas mais legais que surgiram nos últimos anos e pergunto se um dos segredos para tamanha qualidade é o fato de que a banda tem vários cantores... McPherson: "Eu acho que o segredo do FLYING COLORS é ser uma banda incrivelmente diversificada e que está fazendo isso apenas pela música" Em seguida, comento que quando ouvi a banda pela primeira vez, achei bastante diferente sua forma de cantar, usando falsetes com uma certa melancolia, um tanto incomum em bandas de prog rock... McPherson: "Sei que não sou o cantor típico de prog rock, mas tive uma aceitação enorme no mundo do prog e muito apoio da cena." O FLYING COLORS lançou há pouco tempo seu segundo registro ao vivo, "Second Flight: Live at the Z7", dentro de um curto período de existência da banda. Pergunto a Casey se a razão dos lançamentos tem a ver com o fato de que o fã de prog rock, mais do que o fã de música em geral, sente mais necessidade de vê-los em alta definição tocando seus instrumentos com toda a complexidade e técnica envolvida... McPherson: "Ah claro, os fãs do FLYING COLORS são fãs de música e musicalidade com certeza. Acredito que esta seja uma das razões pela qual nossos DVDs fazem tanto sucesso."
"Second Flight" tem imagem e som excelentes. Em sua gravação foram usadas tecnologias inovadoras para registros ao vivo. Quis saber o que ele lembra dos shows que estão no DVD, já que parece que a banda teve problemas técnicos com a iluminação... McPherson: "Bem, tudo o que me lembro é da energia que tivemos. Quando me levanto para ir até lá cantar, tenho que focar naquele momento. Então, fora isso, não lembro o que realmente aconteceu!"
"Mask Machine"
E por que novamente escolheram a Europa para gravar um álbum ao vivo... McPherson: "Nós sempre começamos nossas turnês nos Estados Unidos e é melhor fazer um DVD após já ter feito alguns shows. Acabou sendo na Europa porque naquele momento já tínhamos resolvido a maioria dos problemas." Disse para McPherson que uma das minhas faixas favoritas é "One Love Forever", que tem um arranjo complexo em sua versão de estúdio, mas que ao vivo está matadora. Pergunto a ele qual música ele considera mais difícil de fazer ao vivo... McPherson: "Eu curto muito essa música. Tem um refrão bem direto de rock com uma escala pentatônica de blues para o vocal que eu não faço com muita frequência. A mais difícil de tocar para mim é a "Infinite Fire" por causa das harmonias de guitarra que toco com Steve. O tom e vibrato dele não são somente suas marcas registradas, mas são próximas da perfeição, o que dificulta para eu acompanhar."
Esq. /dir. - Steve Morse, Mike Portnoy, Neal Morse, Casey McPherson e Dave LaRue
O papo se aproximava do fim e quis saber a opinião de Casey a respeito de alguns vocalistas... Bruce Dickinson - IRON MAIDEN "Que alcance!" Chris Martin - COLDPLAY "Um cara de melodia" Adam Levine - MAROON 5 "Hein?" Freddie Mercury - QUEEN "Meu preferido de todos estes" Para finalizar, pergunto a ele se existem planos para turnê na América do Sul, como é a relação da banda com os fãs daqui e que deixe sua mensagem... McPherson: "Eu adoro a América do Sul! Eu gostaria que tivéssemos planos para tocar aí. Mas tenho um pressentimento que não vai demorar muito para acontecer. Ao Brasil... além de fazerem as pessoas mais bonitas do mundo, vocês são os fãs que encontro com muita paixão pela música... Obrigado por nos ouvir e apoiar. Amamos vocês!" FLYING COLORS No Facebook
Iniciando a nova fase da página, que vai tratar de rock nacional com maior frequência, trago hoje uma entrevista com Marcelo Hayena, vocalista da banda carioca UNS E OUTROS, considerada por este que vos escreve uma das bandas mais legais do rock brasileiro dos anos 80/90 e, por que não, dos dias atuais, já que estão na ativa com álbum novo e tocando Brasil afora. Marcelo foi gentil o suficiente para, em meio aos compromissos da banda, falar principalmente sobre o álbum ao vivo da banda lançado no ano passado de nome "Uns e Outros (Ao Vivo)". O álbum agrada bastante pela seleção do repertório da banda que tem mais de 30 anos de existência, pela ótima qualidade de gravação e também pela inclusão de belos covers de bandas consagradas. Marcelo é um cara de respostas diretas e não fica em cima do muro quando se trata de opiniões. O papo foi rápido, mas muito legal. Espero que gostem! (Denis Freitas)
ENTREVISTA - Marcelo Hayena (UNS E OUTROS)
Fala Marcelo!
Primeiramente é um prazer poder ter o UNS E OUTROS na página, uma
banda com uma bela história no rock nacional. Vocês lançaram no ano passado um ótimo
álbum ao vivo que é um passeio pela carreira da banda, além de conter belos
covers de bandas famosas como R.E.M., U2 e THE CLASH. Como tem sido a
repercussão do álbum?
Olá Denis. Pra gente também é um grande prazer
falar com os leitores da BRM. A resposta do público tem sido a melhor possível.
A gente sente isso nos shows e nas mídias sócias. Quem ouviu o CD Ao Vivo tem
curtido bastante. As músicas autorais são um pequeno apanhado da carreira e as
releituras são de bandas que influenciaram muito o trabalho do UNS E OUTROS.
Ouvindo o trabalho, o fã entende um pouco mais da nossa sonoridade e do
trabalho de composição.
UNS E OUTROS (2016)
esq./dir.: Ronaldo Pereira (Bateria), Marcelo Hayena (vocal), Nilo Nunes (guitarra) e Gueu Torres (baixo)
É muito legal ouvir o UNS E OUTROS fazendo os covers e
mostrando as influências da banda, que devem ser das mais diversas. Você acha
que ainda falta ao rock e ao fã de rock abrir a mente para diferentes
sonoridades? A discografia de vocês mostra vários estilos de rock - pop rock e
algo de punk e hard rock.
Sim. Todas essas influências, todas esses artistas
e bandas que escutamos ao longo desses anos formaram o que é a banda. Nos
divertimos muito escolhendo as músicas que deveríamos colocar no repertório. Na
verdade a essência de uma banda é a mistura das mais variadas influências.
Ninguém é produto da influência de uma coisa só...Bem, exceto no caso das
bandas de cover. Existem artistas que basta você escutar um só música, o resto é
só mais do mesmo. Por um tempo até funciona, mas, com o passar do tempo, as
opções de "variações sobre o mesmo tema” acabam e isso pode ser o fim da
linha, artisticamente.
A qualidade da gravação está muito boa e o clima do
show está muito legal, chegando às vezes a parecer gravação de estúdio. Vendo
seus vídeos pela Internet, percebe-se que a banda é muito afiada, ensaiada e
não seria o caso de fazer muitos ajustes na gravação ao vivo. O que você achou
do resultado final?
Todos mundo está falando muito bem da sonoridade do
CD. O segredo é somente uma boa captação do áudio. Não dá para fazer milagres
com uma gravação de péssima qualidade. Escolhemos o Zezinho Almeida (que foi
nosso técnico de som) para a gravação e ouvindo o áudio mesmo antes da edição e
mixagem já sabíamos que ficaria bom. A edição e masterização ficou por conta do
Paulo Jeveaux (que já havia nos produzido no “Tão Longe do Fim”). A edição foi
feita no Monster Factory Studio em Newark/N J e a masterização no Optomagic no
Rio. A mixagem feita pelo Alberto Vaz no Mix Machine em Nashiville/TN. Quando
se trabalha com 3 profissionais desse gabarito, a única preocupação que se tem
é ensaiar bastante. Foi o que fizemos e o resultado ficou excepcional.
Dos covers, os que mais me chamaram a atenção foram
“Big Mouth Strikes Again” do SMITHS e na dobradinha “Notícias do Leste” / The
One I Love” do R.E.M. , que estão matadoras. O trabalho de guitarras nesta
última chama a atenção, assim como no cd em geral. Você costuma opinar na
sonoridade das guitarras?
Na banda não existe melindres. Tudo é feito,
discutido e resolvido em prol do trabalho. Nos metemos e damos opinião em tudo
mas, não existe uma palavra final, o que prevalece é o consenso mesmo. Toda
parte instrumental é feita, refeita e ensaiada até a quase exaustão. Ensaiamos
o repertório semanalmente mesmo quando estamos em turnê. Isso acaba fazendo a
diferença. Erros sempre vão acontecer, isso é normal ao vivo, mas não por
falta de prática. Nossa obrigação é tentar oferecer o melhor ao fã que vai nos
assistir.
Marcelo, Paulinho Moska (época do INIMIGOS DO REI) e Bruno Gouveia (BIQUINI CAVADÃO) nos anos 80
É bastante óbvio falar que a letra de “Carta aos
Missionários” ainda é bastante atual, haja vista os últimos acontecimentos pelo
mundo. Lembro-me de vocês tocando esta música em diversos programas de TV no
fim dos anos 80. É possível ver um vídeo no Youtube do UNS E OUTROS tocando no
programa da Xuxa e chega a ser engraçado e irônico ver uma música com letra tão
crítica e séria sendo tocada com crianças inocentes ao redor, brincando e
pulando. O quanto ajuda e o quanto atrapalha ter todo aquele espaço na TV como
as bandas do rock nacional tiveram nos anos 80/90?
É claro que quando fazíamos participações nesses
programas infantis e populares não tínhamos a pretensão que todos que nos
assistiam entendessem a mensagem da letra. Mas, pelo menos, tínhamos a
consciência tranquila que essas mesmas crianças estavam tendo contato muito
cedo com uma música com um certo grau de conteúdo, coisa rara hoje em dia. Também
sabíamos que não teríamos como nos apresentar em cada canto do país. Como o
alcance da TV é gigantesto, era e ainda é um veículo importante para levar
nosso trabalho até o fã que não tinha a oportunidade de nos ver ao vivo. Nos anos 80, na TV e nas rádios, nós abrimos o
caminho para o rock nacional chegar a um público cada vez maior no país, nos
anos 90 as bandas entenderam isso e aproveitaram muito bem, mas na virada do
século as novas bandas abriram mão disso resolvendo levar seu som a um público
mais “selecionado” e o resultado é esse que vemos. Acabou que esse “espaço
vago” foi preenchido por uma música de péssima qualidade que diariamente é
despejada em milhões de lares brasileiros. Mais engraçado e irônico agora é ver os programas
de TV tomados por uma música que qualquer criança cursando a quarta série do
primário faria melhor!!!!
Assista aos UNS E OUTROS no programa da Xuxa tocando "Carta aos Missionários"
Estamos chegando ao fim do papo e gostaria que você comentasse o que quiser sobre as seguintes bandas:
THE BEATLES – Obrigatório
THE SMITHS - Genial
IRA – Eu quero sempre mais...
TITÃS – O Pulso ainda pulsa…
O RAPPA – Paz sem voz, não é paz, é medo...
Muito obrigado pelo seu tempo ao BRAZIL ROCK
MELODY! Tem o espaço aqui para deixar seu recado sobre o momento atual da
banda...
Galera, um grande abraço e aguardem, pois teremos
alguma surpresas que estávamos devendo aos fãs do Uns e Outros. A gente se vê
na estrada!!! Visite e saiba mais sobre a banda: Facebook oficial UNS E OUTROS
Esta semana uma bela entrevista com uma banda clássica do rock nacional: UNS E OUTROS. O vocalista Marcelo Hayena fala dos trabalhos atuais da banda e comenta fatos interessantes dos memoráveis anos 80 desses grandes missionários do rock nacional. (Perdão pelo trocadilho...)
FLYING COLORS
E, em breve, quem também irá passar pelo BRM é o vocalista e guitarrista do FLYING COLORS, Casey McPherson. Falamos sobre o mais novo álbum da banda, o ótimo ao vivo "Second Flight: Live at the Z7", seu estilo vocal, algumas de suas influências e de Brasil. Em breve!