É com muita honra que trago esta entrevista com Erik Martensson, da banda que considero hoje a melhor do hard rock mundial, o ECLIPSE da Suécia. Eu já acompanhava o trabalho da banda há vários anos, mas quando lançaram em 2008 o álbum "Are You Ready To Rock", ficou evidente que a banda alcançaria novos patamares no cenário internacional. A banda lançou no ano passado outro excelente trabalho, "Bleed & Scream", ganhando ainda mais destaque mundo afora. Entrei em contato com Erik, que deu vários detalhes a respeito da mudança na sonoridade da banda ao longo dos anos, bem como esclareceu pontos a respeito dos álbuns mais recentes. Acho que está bem legal para quem conhece ou quer conhecer um pouco mais da banda. Curtam aí! (Denis Freitas)
Parabéns por "Bleed & Scream" ! Eu li que vocês realmente tiveram dificuldades para escrever e produzir este álbum. Eu acho que depois de fazer o fantástico "Are You Ready To Rock", que recebeu ótimas críticas, há uma pressão interna inevitável...
ENTREVISTA
Obrigado! É um álbum do qual eu fiquei realmente orgulhoso. Nós escrevemos nosso álbum anterior, "Are You Ready To Rock" muito rápido e gravamos rápido também. Então desta vez nós realmente quisemos subir o nível de composição e produção. Nós não tivemos nenhum prazo e nós não queríamos nenhuma música fraca no álbum. Se alguém não gostava de uma música, então nós jogávamos fora e escrevíamos uma nova. Não houve nenhuma pressão de verdade ou qualquer coisa, só queríamos fazer o melhor álbum possível e estamos todos muito felizes com a forma como ele saiu.
ERIK MARTENSSON |
Além disso, as letras nas faixas "Bleed & Scream" e "Ain't Dead Yet" transmitem um tipo de mensagem de luta e de alívio. Isso foi alguma coisa pessoal?
Não tão pessoal como você possa imaginar, mas são sentimentos que a maioria de nós já passou e a longa luta que passamos durante a vida.
As guitarras neste álbum estão fantásticas, soando bastante pesadas e, às vezes, mais rápidas do que o habitual para o ECLIPSE. Foi difícil para você cantar notas ainda mais altas agora?
Sim, nós realmente nos esforçamos musicalmente desta vez e todos deram 100% neste álbum. Vou odiar todas as notas altas quando eu ficar velho e cansado! Mas nós realmente queríamos fazer uma afirmação musical e então você tem que dar tudo.
"Wake Me Up"
Ainda sobre o aspecto da guitarra... o cuidado com os solos, melodias e riffs são realmente para se destacar. As guitarras estão aparecendo ainda mais neste álbum, foi a intenção desde o início? Alguns riffs de guitarra neste álbum me fazem lembrar de "Slip of the Tongue" do WHITESNAKE. Steve Vai é uma influência para vocês?
É claro que somos fortemente influenciados pelo WHITESNAKE e, especialmente, o fantástico álbum "1987", mas também "Slip of the Tongue". O que nós gostamos é o som de guitarra imponente e expressivo. É sempre um pouco mais de tudo e nós adoramos isso. Mas quanto à gravação, são apenas amplificadores clássicos Marshall tocados alto. Mas realmente acertamos para este álbum. Como você disse, as guitarras estão realmente altas e na sua cara. Estou muito feliz com toda a produção do álbum.
Nos primeiros álbuns a banda soava menos rápida, com mais mudanças de tempo nas músicas e um pouco mais experimental nos teclados e efeitos de guitarra. Então, em "Are You Ready to Rock" vocês começaram a soar mais pesados e diretos. Isso foi natural ou vocês sentiram que era a direção certa para a banda?
Eu era tão jovem quando fizemos os primeiros álbuns. Nós não tínhamos produtor, engenheiro, nada, então por isso acho que eles são mais demos oficiais do que álbuns reais. Musicalmente eu acho que é só o nome que é o mesmo. E naquela época o rock melódico estava tão morto que todos pensavam que você era um idiota por fazer esse tipo de música, então não sabíamos o que escrever ou fazer. Mas depois do nosso segundo álbum, todos os membros saíram, exceto Magnus e eu, recomeçamos e desta vez fizemos a música que realmente gostaríamos de fazer desde o início. Então, pessoalmente, vejo o nosso álbum anterior, "Are You Ready To Rock", como nosso primeiro álbum. Nós não tocamos as músicas dos dois primeiros álbuns ao vivo porque eu "meio" que odeio estes álbuns e não consigo ouvi-los.
"Are You Ready To Rock" foi o divisor de águas para a banda até agora?
Com certeza, foi um divisor de águas para mim pessoalmente também, pois a partir desse momento eu fiz só música que eu gosto de fazer e realmente está valendo a pena. Esta é uma forma que sempre trabalho. Mais auto-confiante. É o mesmo com o ECLIPSE, nós escrevemos esse tipo de música para nós mesmos e, se outros gostam, é um bônus.
"To Mend a Broken Heart"
A banda abandonou de vez as variações no estilo das músicas ou você acha que isso ainda é possível no futuro? Como um fã de longa data do seu trabalho, confesso que às vezes temo que a banda se transforme em apenas mais uma banda de power metal...
Eu não tenho pensado muito sobre isso. Todos nós da banda realmente gostamos de metal e classic hard rock, então eu acho que essas serão sempre nossas raízes. Acho que sempre tentamos ser mais nós mesmos para cada álbum e acho que estamos nos aproximando. Sabe, nós apenas escrevemos músicas e, se nós gostamos, então estará no álbum. Power Metal ou não.
Em minha opinião, o ECLIPSE tem atualizado o antigo som do hard rock com diferentes ideias e arranjos musicais. Como produtor e compositor, o quanto é importante para você atualizar o rock? Vocês consideram isso quando compõem?
Não muito quando estamos escrevendo, pois nos concentramos apenas em fazer boas músicas. Mas quando se trata de produção eu sinto que é muito importante que tenhamos um som atualizado. Mesmo que eu goste do velho hard rock, eu não iria querer aquele som hoje. E, como ouvimos um monte de música, acho que é impossível não incorporar formas mais modernas de escrever música. Eu costumo dizer que o ECLIPSE tem um pé no passado e um pé no aqui e agora.
Como está o mercado na Europa para a banda em termos de vendas e shows? Você tocam ao vivo o suficiente? Qual foi o show mais memorável para vocês até agora? Você tem planos/convites para tocar no Brasil?
Eu acho que a Europa é o principal mercado para este tipo de hard rock e o ECLIPSE está indo muito bem nas vendas. Nós ainda somos uma banda underground nesse sentido e eu acho que nós vamos ser sempre, mas está bom. Nós não fazemos música para as massas, do contrário teríamos que segurar um pouco os riffs intensos! Gostaríamos muito de ir ao Brasil tocar e sei que temos muitos fãs por aí, recebo vários e-mails do Brasil, então eu acho que nós precisamos ir até aí em breve. Eu amo tocar ao vivo, mesmo que não faça muitos shows com o ECLIPSE, fazemos festivais na Europa e alguns nos EUA e Reino Unido, então vai ter muito divertido. Estamos a caminho da Espanha na próxima semana. (veja abaixo o vídeo do show recente na Espanha)
Quais são os planos para a banda em 2013 e 2014?
Tocar e começar a escrever um novo álbum. Estou bem ansioso para isso e nós realmente queremos continuar e não gastar tanto tempo com o processo criativo desta vez. Mais ou menos como fizemos em nosso álbum anterior.
Em minha opinião, o ECLIPSE tem atualizado o antigo som do hard rock com diferentes ideias e arranjos musicais. Como produtor e compositor, o quanto é importante para você atualizar o rock? Vocês consideram isso quando compõem?
Não muito quando estamos escrevendo, pois nos concentramos apenas em fazer boas músicas. Mas quando se trata de produção eu sinto que é muito importante que tenhamos um som atualizado. Mesmo que eu goste do velho hard rock, eu não iria querer aquele som hoje. E, como ouvimos um monte de música, acho que é impossível não incorporar formas mais modernas de escrever música. Eu costumo dizer que o ECLIPSE tem um pé no passado e um pé no aqui e agora.
Como está o mercado na Europa para a banda em termos de vendas e shows? Você tocam ao vivo o suficiente? Qual foi o show mais memorável para vocês até agora? Você tem planos/convites para tocar no Brasil?
Eu acho que a Europa é o principal mercado para este tipo de hard rock e o ECLIPSE está indo muito bem nas vendas. Nós ainda somos uma banda underground nesse sentido e eu acho que nós vamos ser sempre, mas está bom. Nós não fazemos música para as massas, do contrário teríamos que segurar um pouco os riffs intensos! Gostaríamos muito de ir ao Brasil tocar e sei que temos muitos fãs por aí, recebo vários e-mails do Brasil, então eu acho que nós precisamos ir até aí em breve. Eu amo tocar ao vivo, mesmo que não faça muitos shows com o ECLIPSE, fazemos festivais na Europa e alguns nos EUA e Reino Unido, então vai ter muito divertido. Estamos a caminho da Espanha na próxima semana. (veja abaixo o vídeo do show recente na Espanha)
"Wylde One" - ao vivo na Espanha
Quais são os planos para a banda em 2013 e 2014?
Tocar e começar a escrever um novo álbum. Estou bem ansioso para isso e nós realmente queremos continuar e não gastar tanto tempo com o processo criativo desta vez. Mais ou menos como fizemos em nosso álbum anterior.
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